“Não existe perfeição, o que existe é a vontade de querer fazer o melhor.”
Que tipo de líder é você e como procura ser uma referência para a sua equipe?
Lorena – Eu acredito em uma liderança humana, uma liderança que senta para ouvir o time, uma liderança horizontal, uma liderança que agrega, que participa junto, que proporciona um ambiente seguro para erros e acertos, uma liderança com empatia, uma liderança que tem foco nos resultados, que é carinhosa, mais é firme, uma liderança que respeita o time. Essa é a liderança que eu acredito, que me inspira. E eu tento todos os dias ser essa líder para os binderianos de Brasília. Não existe perfeição, o que existe é a vontade de querer fazer o melhor. E sempre proporcionar um ambiente de confiança, respeito e acolhedor para que o time possa trabalhar e entregar o melhor resultado.
Liderar uma equipe em um setor dinâmico como a publicidade traz seus próprios desafios. Você pode compartilhar um desafio específico que enfrentou e como conseguiu superá-lo, e como isso influenciou sua forma de liderar?
Lorena – Eu poderia dizer que sempre é um desafio a mudança de cidade, onde a cultura local influencia diretamente em nosso trabalho. Muitas vezes até reaprendemos a fazer as mesmas coisas de um jeito diferente, só por conta da região de atuação. Por exemplo, desbravar Brasília foi um desafio enorme, assim como trabalhar no norte do país, mas nada se compara ao desafio de ser uma mulher em um cargo de liderança, seja qual for a região. Um desafio presente e vivo em toda minha trajetória no mercado de trabalho. E esse desafio aumenta, quando ela se torna líder. Eu diria que esse é o principal desafio da minha carreira. “Quem colocou ela aqui? Quem indicou? Quem ajudou? Ela consegue? Ela é tão jovem, será que é boa?”. Em breve será “ela é tão velha, ela tem filhos?” E por aí vai. São tantos questionamentos “indiretos” que precisamos responder.
Somado a isso, toda uma estrutura de sociedade que favorece o homem. E, claro, todo desafio faz você aprender, aprimorar, se perceber nas dificuldades e ver suas potencialidades, seus pontos fracos. Então, sim, este desafio influenciou muito na minha forma de liderar. Obviamente busquei criar uma casca mais grossa para não me abater tão facilmente. Aprendi muito (e continuo aprendendo) e percebi também que eu poderia usar o meu feminino em prol das minhas entregas, como força e não fragilidade. Então busco me conectar verdadeiramente com as pessoas que trabalho e ter esse olhar sensível para as pessoas e para as dificuldades que cada um enfrenta, usando da minha intuição nos negócios e na gestão de pessoas. Ser mulher é, por natureza, uma potência, não é mesmo?
A diversidade de perspectivas é um fator enriquecedor em qualquer equipe. Como você acredita que a sua perspectiva única como mulher – e de outras mulheres na equipe – impacta positivamente a criatividade e a dinâmica das equipes e a agência como um todo?
Lorena – A diversidade sempre vai enriquecer qualquer ambiente profissional, seja diversidade de gênero, raça, diversidade cultural. O próprio nome diversidade define: conjunto variado; multiplicidade. Aumentam as possibilidades de ver o contexto, o cenário, aumentam as possibilidades para solucionar questões e gerar maiores resultados para os nossos clientes. Só vejo ganhos.