“Nossa responsabilidade social é democratizar o acesso à tecnologia e à inovação.” Fábio Queiroz
O Rio Innovation Week (RIW) vem aí com 25 palcos simultâneos, com palestras sequenciais das 10h às 19h. Haja FOMO! Conversamos com Fábio Queiroz, diretor do evento, e ele dá todos os detalhes da nova edição que trará ao Rio nomes como Fritjof Capra, Kip Throne, Nadia Murad e Denis Mukewege.
Como o Rio Innovation Week (RIW) evoluiu desde a primeira edição até esta quarta na sua perspectiva?
Fábio Queiroz – A cada edição, aumentamos o número de conferências, o espaço físico, os palestrantes convidados, enfim, estamos sempre superando as edições passadas. Se a sociedade está em constante e acelerada evolução, o RIW caminha para atender às demandas, expectativas que essas mudanças acarretam, tendo como pilares a tecnologia e a inovação. Neste ano, teremos 36 conferências, 25 palcos simultâneos em 72 mil m2 de evento, números que superam as demais edições realizadas. Esquentando os temas do G20, o RIW firmou parceria com o Pacto Global (ONU), a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, e terá palco exclusivo para debater a adoção de práticas sustentáveis e responsáveis por empresas e organizações. Receberemos 21 delegações do G20, que discutirão de soluções climáticas ao combate à fome, à pobreza e à desigualdade. Sem dúvidas, um diferencial desta edição. Vale destacar que, pela primeira vez, o evento será 100% carbon free, provando a nossa preocupação e responsabilidade em tornar o evento cada vez mais sustentável.
Como o RIW tem contribuído para o ecossistema de startups no Brasil?
Fábio Queiroz – Não tenho dúvidas de que o RIW é um divisor de águas para o ecossistema, pois somos um evento que não apenas abre espaço para que startups apresentem projetos aos investidores, nós colocamos mentores à disposição para que elas possam, ao longo do encontro, capacitar o projeto para receber aporte in loco. Isso requer estrutura que nem todos, aliás, a maioria, não têm pronta. Com a ajuda dos nossos mentores, eles se capacitam para poder sair do encontro com o negócio fechado. Nenhum outro evento oferece esse tipo de suporte para startups que estão iniciando a trajetória.
O tema deste ano é “Humanização em Tempos de Inteligência Artificial”. Pode explicar a escolha desse tema e como ele será abordado nas palestras e conferências?
Fábio Queiroz – A Inteligência Artificial é uma tecnologia que veio para ficar e ser uma grande aliada dos negócios de todos os segmentos. Ela automatiza muitas tarefas e minimiza erros, levanta dados preciosos para tomadas de decisões com maior acurácia, entre outros diversos benefícios. Porém ela não pode replicar a empatia humana, não possui a ética e moralidade inerentemente humanas, a humanização facilita a adaptação das pessoas às novas tecnologias, tornando o processo de aprendizado mais intuitivo e menos intimidador. Poderia listar diversos outros motivos para mostrar como é importante destacar esse tema. A IA pode ser ainda mais potencializada e aproveitada se andar de mãos dadas com a humanização. Juntas são uma poderosa fórmula para a sociedade como um todo. Essa dobradinha permeia os mais variados temas, desde práticas de lideranças, passando por varejo, indo para a educação, enfim, todos os assuntos que serão pautados no evento.
Quais são as iniciativas específicas do RIW para garantir a diversidade e inclusão entre os palestrantes e participantes?
Fábio Queiroz – Nossa responsabilidade social é justamente democratizar o acesso à tecnologia e à inovação. Por isso mesmo, disponibilizamos 60 mil passaportes sociais, e 20 mil deles serão direcionados a educadores e estudantes da rede pública. Quanto aos palestrantes, temos curadoria que exerce um minucioso trabalho com o objetivo de destacar, nas mais de 30 conferências, temas e personalidades diversos, enriquecendo a troca de conhecimento e vivência com o público presente. Vale destacar que, nesta edição, teremos três palestrantes no Prêmio Nobel: Kip Throne, Nadia Murad e Denis Mukewege.
Pode nos contar mais sobre algumas das novas trilhas, como G20, Pacto Global e B2Mamy, e o que os participantes podem esperar delas?
Fábio Queiroz – Como citei acima, o G20 terá palco voltado especialmente para ele, sendo uma oportunidade única para que o público interessado possa se preparar para o evento que o Rio de Janeiro vai sediar, em novembro. Será uma prévia riquíssima.
A B2Mamy é a maior comunidade de mães do Brasil. Portanto será um espaço de extrema relevância para debatermos temas como mães x mercado de trabalho, mães x empreendedorismo, entre outros. Para alcançarmos maior equidade e caminharmos para uma sociedade mais justa e inclusiva para a maternidade, é fundamental que um encontro como o RIW dê chance para esses importantes debates. Não só para as mães, mas para todos os aliados que acreditam ser esse o caminho para uma sociedade ainda mais produtiva, justa e humanizada.
O evento será realizado no Píer Mauá, com extensão de 75 mil m². Quais são os principais desafios logísticos de organizar um encontro dessa magnitude?
Fábio Queiroz – Existem inúmeros desafios quando falamos de um evento desse porte. São 25 palcos simultâneos, com palestras sequenciais das 10h às 19h. Temos inúmeros palestrantes de fora, a maioria com material para apresentação, além dos shows diários. Tudo isso exige sincronicidade e organização extrema da produção para que não haja atrasos, falhas de equipamentos de som, entre outros. Em termos de acessibilidade, o evento é bem localizado, com transporte público disponível do início ao fim. O fato de ser um espaço plano facilita muito para que cadeirantes possam circular, por exemplo. Temos os desafios com limpeza, higiene e segurança também. Para que a experiência dos visitantes e convidados seja a melhor possível, contamos com produção composta por profissionais altamente qualificados.
Quais são suas expectativas em termos de participação e impacto econômico direto e indireto para a cidade do Rio de Janeiro?
Fábio Queiroz – A realização do RIW gera 20 mil empregos diretos e indiretos, conta com a participação de 2.200 startups e 350 expositores, recebe mais de 150 mil pessoas nos quatro dias de conferência e gera mais de 2 bi de negócios. Esses são alguns números que comprovam o grande impacto econômico e até mesmo turístico para a cidade, afinal muitos visitantes vêm de outros estados e de outros países, aquecendo também a hotelaria e o varejo cariocas.