Você já ouviu falar sobre RTVC? Quem nunca botou um pé numa agência de publicidade pode achar que os comerciais de TV, os spots de rádio e as imagens que estão nas revistas ou nos grandes painéis nas ruas, acontecem como mágica dentro da própria agência. Engano, são produzidos fora da agência por outras empresas. A agência cria, alguém constrói.
Tem mágica? Tem. Mas também muito suor, horas de estresse e um pouco de fé e reza pra se garantir contra o imponderável.
Bom, por mais que seja uma área de extrema importância, o RTVC, muita gente ainda não sabe do que se trata. Então, vamos ao nosso momento TED.
O profissional de produção em RTVC (Rádio, TV e Cinema) é o responsável por toda logística que envolve a produção dos materiais audiovisuais de uma agência.
Na prática, ele é o elo entre as ideias que nascem na agência e a realização delas. Com a criação, escolhe e sugere as produtoras de filmes, de animação e de som; os profissionais mais adequados para cada tipo de trabalho. Faz também, o levantamento de preços para montar orçamentos e, como um diplomata do Itamaraty, realiza as negociações necessárias para atingir a verba desejada pelo cliente.
Pensou que acabou? Nada disso. Após a escolha e a aprovação de cada trabalho, o RTVC passa para a segunda fase: colocar de pé o espetáculo. E aí, acompanha o projeto do início ao fim, vivendo ao vivo, o set de filmagem, a sessão de fotos, a gravação da trilha ou do jingle na produtora de som.
Já o departamento de Art buyer responde por outra etapa fundamental: pesquisar, selecionar e contratar fotógrafos, manipuladores, ilustradores, profissionais de 3D entre outros, de acordo com cada demanda do job que depende de imagens. A função principal é mediar a interação entre a agência e esses profissionais.
Por isso, é importante que esteja bem alinhado com a criação interna da agência, para que o produto final seja o esperado por ele e, por consequência, pelo cliente.
Mas aí, você pergunta: as duas áreas não são muito parecidas? Sim. Em alguns casos, acabam se tornando uma única. Porque o que as duas têm em comum é o trabalho de acompanhar cada processo de produção do início ao fim, sendo sempre um bom negociador e intermediador de crises.
Cada avanço da tecnologia, principalmente no mundo digital, interfere diretamente nas demandas e exigências das novas entregas. A legislação do uso de imagem tem suas particularidades. Arquivos finais ganham novos formatos. É um trabalho que demanda uma constante atualização do profissional, exigindo investimento em conhecimento.
Mas tem um lado fascinante e estimulante: não se morre de tédio. Ou seja: a vida de quem faz filmes, também daria um. Porque aqui, os fracos não têm vez.