Kidults, você sabe o que é?
Os tempos mudaram. Os videogames abriram caminho para uma nova era de entretenimento, eliminando a estigmatização que associava os jogos a nerds enclausurados em porões. As vendas dos chamados “kidults” explodiram e a Toy Association descobriu que 58% dos adultos norte-americanos compraram um brinquedo durante a pandemia, com destaque para scooters, bonecas, skates e jogos de mesa. No Reino Unido, kits de construção de carros e bonecas colecionáveis faz algum tempo deixaram de ser os brinquedos preferidos das crianças.
Um apelo multigeracional se formou, e as marcas aproveitaram a onda, lançando brinquedos e jogos colecionáveis repletos de nostalgia para o vigoroso mercado dos Kidults, adultos que compram como crianças. Para as marcas, é uma gigantesca oportunidade: para as infantis, oferecem oportunidades de expansão. Para as demais, uma nova abordagem para a vida adulta.
Segundo a WGSN, um dos institutos que vêm mapeando esta tendência, até 2027 o mercado global de brinquedos e jogos deverá crescer em US$ 70,12 milhões. Prevê-se que os brinquedos colecionáveis disparem para um valor de mercado de US$ 35,3 bilhões até 2032.
No podcast “Lives of Tomorrow”, do grupo WGSN, a diretora sênior da divisão de marketing global para adultos da Lego, Genevieve Cruz, diz que a tendência tem a ver com a busca de mais alegria e criatividade na vida e o desejo de desacelerar e se distanciar da rotina nas telas. Retomar o “brincar” traz nostalgia e reconexão com sensações dos tempos de infância. Segundo ela, também há uma busca por viver esses momentos lúdicos com amigos ou pessoas da família, revivendo uma experiência social, no mundo físico, que possivelmente havia se perdido. Se esta é uma tendência passageira? Genevieve garante que não.
“O DNA da Lego é a experiência prática, física, com o tijolo. É parte essencial da experiência, e há algo de muito humano e ancestral em trabalhar com as mãos. E neste caso, com o processo criativo no centro da experiência”, diz.
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Algumas referências: