Muito se falou sobre Wearable AI, como por exemplo, o AI Pin, da startup Humane, da Califórnia, e seu potencial para se tornar a próxima onda em dispositivos portáteis, um caminho que pode levar, quem diria, ao fim da hegemonia dos celulares. Sem tela ou a possibilidade de ter aplicativos, o dispositivo ainda gera dúvidas sobre seu potencial, mas é apenas um exemplo de muitos outros artefatos sendo lançados, como os óculos inteligentes com IA da Meta (em parceria com a Ray-Ban) e outros de empresas chinesas como TCL e Oppo.
A ideia é criar dispositivos que, sim, façam tudo o que o smartphone faz, sem alguns dos elementos menos bem-vindos, como a tela e seus aplicativos viciantes. Seriam opções mais suaves e discretas de acesso ao mundo da tecnologia, uma tendência perfeitamente alinhada com o desejo de desconexão das telas e desaceleração que temos visto em estudos de tendências de comportamento mundo afora.
De alguma forma, dispositivos como AI Pin representam uma outra minirrevolução: um novo jeito de acessar a tecnologia, delegando tarefas e deixando que eles próprios decidam que aplicativos, plataformas e informações serão necessárias para concluir tarefas.
O R1, da startup Rabbit, também da Califórnia, é outro dispositivo que funciona como um assistente de voz e lembra um console de jogos portátil, que se torna uma interface completa, uma espécie de aplicativo central a partir do qual se pode controlar todos os demais dispositivos.
O que ocorre, portanto, é uma nova onda de criação de dispositivos considerados mais intuitivos para abordar os usos que já existem, e não criar novos casos de usos. Parece promissor, embora o mundo tech ainda esteja dividido.