Promovido pelo AdForum, a premiação AdForum PHNX (leia-se fênix, aquela que renasce das cinzas) se posiciona como uma celebração anual da resiliência da criatividade: foi lançada no meio da pandemia, e chega ao seu quarto ano. Reúne um grupo de jurados único, marcado pela diversidade de áreas e influências. Os diretores de arte da Binder Tatiana Rodrigues e Marcelo Andrade estão no grupo pelo quarto ano consecutivo, este ano ao lado de nomes como Angélica Sanchez (diretora de estratégia e sustentabilidade do Banco Davivienda, na Colômbia), Matthew Rooney (fundador da consultoria Streetwise, em Toronto, no Canadá), Alican Kilicoglu (diretor de criação da agência romena Independent), Gilda Valle (diretora de planejamento da BBDO Ecuador) e Ariel Casimiro (diretor de cinema de Luana). O resultado, todos os anos, é um olhar bastante interessante sobre a produção global da publicidade. Este ano, foi criada uma nova categoria: o Grande Prêmio da Paz, dedicado a avaliar campanhas contra o ódio, o preconceito e a guerra.
A diversidade é, na opinião de Marcelo, um dos maiores valores desta premiação, uma vez que a grande maioria das demais – de Cannes Lions, One Show e D&AD a New York Festivals e tantos outros – são avaliadas por um grupo de pessoas que não representa a diversidade cultural de toda a indústria, reforçando sempre a cultura ocidental. Também pela diversidade, Tatiana considera o AdForum PHNX uma das premiações mais democráticas e justas do mercado.
“Ele permite que pessoas com uma variedade diversificada de habilidades, de todos os cantos do mundo, celebrem o talento criativo e as ideias excepcionais. Acredito que essa abordagem eleva o padrão dos critérios de premiação.”, diz Tati.
Trabalho árduo e resiliência
Marcelo, que já conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais em seus 15 anos de carreira, costuma dizer que os prêmios são importantes para a construção de uma reputação criativa, disruptiva e inquieta que o ambiente de negócios exige. Para os profissionais em geral, ajuda sobretudo mantê-los atualizados em um mercado em que as linguagens mudam tão rápido. O que não muda, é o jeito de pensar criativamente, a inescapável combinação entre trabalho árduo e resiliência.
Tatiana, também premiada em seus 20 anos de carreira, acredita que prêmios são um registro das principais realizações e tendências criativas do ano, bem como uma vitrine para as agências e para os criativos, que pode levar a oportunidades de negócios e reconhecimento profissional. Mas faz a importante ressalva: “O valor das premiações não deve ser superestimado, e o verdadeiro sucesso na indústria criativa é medido pela eficácia do trabalho em atingir os objetivos do cliente e pelo impacto que ele tem na cultura e na sociedade.”
Ser jurado, é ser aluno
Tati já atuou em inúmeros júris pelo mundo, e diz que costuma considerar a originalidade da ideia, a execução criativa, a relevância para o público-alvo e a eficácia em comunicar a mensagem pretendida.
“Minha meta é reconhecer e premiar o trabalho que verdadeiramente se destaca e demonstra excelência criativa, independentemente de ser de uma agência de renome ou de um profissional menos conhecido.”, afirma.
Marcelo, também jurado experiente, diz que seu crivo passa por avaliar a autenticidade do projeto, a qualidade da produção, o impacto que a ideia pode ter no mundo – tema que tem sido bastante debatido nos festivais -, o quanto o projeto toca emocionalmente, e agregou para ao negócio da marca.
“Ser jurado é interessante porque a gente aprende sem fazer esforço, e às vezes com o erro dos outros. Estar em contato com diversos trabalhos, muitas vezes de culturas diferentes, é uma grande oportunidade para vermos como outros profissionais, de uma perspectiva diferente da nossa, resolvem os mesmos problemas de mercado que nós temos que resolver todos os dias.”, conclui. Como ele costuma dizer, ser jurado é ser aluno.