A Binder levou, ao lado da Brasil Varejo, o seu evento “Pós-NRF 2024 – GExperience” para três capitais brasileiras, reunindo especialistas para comentar as tendências vistas no maior evento de tendências do varejo do mundo, realizado em janeiro passado em Nova York.
Em São Paulo, o encontro foi realizado no shopping Marketplace, e contou com a participação, de Lucas Daibert, sócio e vice-presidente de planejamento da Binder, Manuela Bordasch (CEO e fundadora da marca Steal the Look), Carlos Busch (escritor e TedX speaker), Paula Costa (especialista em varejo e economia da paixão e cocriadora do Inquiete-se) e Augusto Rocha (VP de Vendas e Marketing da PMWeb e cofundador do Oto CRM). Em Porto Alegre, o balanço do evento foi realizado no hub de inovação Instituto Caldeira e contou mais uma vez com as visões de Lucas, Manuela, Augusto e Carlos. Já no Rio, o evento inaugurou o espaço Cápsula, o novo centro de inovação do Senac-Rio, que passa a ocupar um prédio de 12 andares no centro da cidade. Lucas e Júlio Monteiro (sócio da Megamatte e vice-presidente da ABF Rio) compartilharam suas perspectivas e na sequência foi realizada uma conversa que reuniu Claudia Leon (superintendente do Shopping Village Mall), Patrícia Carneiro (head de marketing, CRM e Analytics do Hortifruti Natural da Terra), Sérgio Ribeiro, diretor regional do Senac RJ e Glaucio Binder, sócio e CEO da Binder.
Lucas abriu os três eventos com um dos principais insights trazidos da NRF nesta edição, e que é também uma convocação: “Get up, stand up”, feita pelo ex-jogador de basquete e empreendedor Magic Johnson, em NY, para as empresas que têm alguma visão de mundo e estão dispostas a fazer alguma diferença.
“As pessoas esperam mais das empresas do que de Governos, ONGs e da mídia. Sou da geração em que as empresas eram caixas pretas. Hoje, elas se tornaram caixas de vidro. Não adianta tentar se esconder: a prática precisa acompanhar o discurso”, disse, dando exemplos de empresas, como Mastercard, PepsiCo, IKEA e Walmart, que têm procurado “prestar contas” e atuar de maneira mais responsável no mundo.
Outro insight trazido por Lucas diz respeito a transformar o ambiente digital em mais inspiracional, pois é a capacidade de emocionar que toca e conecta pessoas. Isso pode transformar as experiências de compra tanto on-line quanto off-line, pois as lojas físicas vivem o mesmo desafio de atrair clientes propondo experiências mais interessantes. Monteiro, da Megamatte, trouxe sua visão como varejista, e destacou que é preciso aprender com os marketplaces como Amazon.
“O ponto de venda não é o que você imagina. É preciso repensar a loja física”, afirmou, destacando empresas que estão entendendo isso e promovendo experiências únicas em seus pontos de venda como as marcas Rei, ShoePalace, Whole Foods, Yeti, Bass ProShop, entre outras. Júlio também destacou que os dados hoje representam importantes possibilidades de transformação da estratégia dos negócios, e precisam ser usados adequadamente.
“Estamos na era da hiperpersonalização, é possível entender como o consumidor quer ser atendido. Os dados já possibilitam isso”, destacou.
No debate conduzido por Glaucio Binder, os profissionais trouxeram alguns exemplos de como estão aplicando em suas próprias empresas, algumas das tendências vistas na NRF, e reconheceram as diferenças de realidades e os muitos desafios e oportunidades presentes no cenário brasileiro.
Claudia, do Village Mall, comentou que busca inspiração na hotelaria para criar uma atmosfera atraente para clientes, uma “vibe” que atraia as pessoas para além da necessidade, alinhada com a tendência global de tornar pontos de venda mais inspiracionais para atrair clientes. Patrícia discorreu sobre as possibilidades da Inteligência Artificial em projetos no Hortifruti, em ações de CRM e programas para evitar o desperdício de alimentos.
“Vendas não deveriam ser a principal preocupação de uma empresa, mas, sim, antes de tudo, a busca por realizar conexões duradouras com as pessoas. As vendas são consequência”, concluiu.